Carol Tilkian - CBN Amores Possíveis

'A gente tem a sensação de que relacionamento bom é aquele que não tem brigas', alerta Carol Tilkian. A comentarista reflete, na verdade, que lidar com os problemas com amor e respeito é importante para a manutenção da relação. Carol destaca também que é importante manter o foco sobre qualquer discussão: 'tendemos a fazer uma livre associação de problemas e, na verdade, isso faz com que se abra um monte de janelas'.

Um dos filmes mais vistos na Netflix na última semana é o Uma Garota de muita Sorte, baseado no livro e na história real de Jessica Knoll. Apesar desse título que faz parecer que será mais um filme água com açúcar, o roteiro traz temas bem delicados. Mesmo se você não viu o filme, vale usarmos esse começo de semana para pensar na reflexão que ele nos provoca: o quanto principalmente nós mulheres normalizamos abusos e autodestruições para tentar caber em amores que nos machucam? Que coisas achamos que estamos fazendo para nos desenvolver, nos provar, nos superar, nos amar. E na verdade são mutilações de nosso próprio eu?

Na semana do Dia das Crianças, Carol Tilkian faz uma reflexão em como as pessoas constroem a personalidade e estrutura emocional. 'A gente entende, vive o amor, a raiva, o medo a partir de como a gente aprendeu a viver isso lá atrás', destaca ela. Carol explica que, segundo a psicanálise, todas as emoções são aprendidas até os nove anos de idade. Portanto, os traumas expostos na vida adulta são constituídos já quando criança.

Carol Tilkian comenta uma pesquisa do psicólogo americano John Gottman que mostra que 69% dos problemas dos casais não são resolvíveis e nosso problema é querer resolver ao invés de conviver.

Nessa estreia do CBN Amores Possíveis, Carol Tilkian analisa as concepções de amor na contemporaneidade e o livro 'Tudo sobre o amor: novas perspectivas', de bel hooks. A comentarista fala sobre os paradigmas e as diferenças entre pessoas reativas e propositivas, e o reconhecimento de erros. Tilkian comenta também aproximações, responsabilidade afetiva e a importância de entender a vulnerabilidade do outro.