Batalhão 021: Amados, Armados E Loucos

  • Autor: Erasto Gaudêncio
  • Editora: Viseu
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Sinopse

Imagine um estado da federação do Brasil aonde se inicia uma epidemia de loucura na polícia, contaminando a todos. O comando-geral, também sob suspeita, então, patrulha as mentes. Aqueles, que se dizem sadios, são considerados loucos e impedidos de voltar às ruas; aqueles que se proclamam doidos, vistos como espertinhos, que se aproveitam da situação de calamidade da corporação. É assim que se cria o Código 021, impresso nas carteiras funcionais e nos documentos oficiais para indicar a enfermidade, timbre temido por todo o efetivo, embora quase todos estejam assim classificados, por equívoco de um coronel-médico senil e esclerosado. O enredo da obra tem como pano de fundo este código, porém, são muitas as situações e personagens baseados em fatos reais e outros imaginados que poderiam ter acontecido no ambiente de caserna daquela Polícia Militar, que o autor não define se fica no Oeste ou no Sudeste, muito menos no Centro-Oeste, tampouco no Norte, muito menos ainda no Sul do país. Sabe por quê? Porque muitos dos milicianos ainda estão por aí, vivíssimos, e ele não quer ser processado, pois se verão na pele e nos ossos dos personagens. Os fatos advêm das experiências do autor em mais de 25 anos dedicados à vida militar, muitos deles vivenciados, pessoalmente, outros contados por gente da ativa e por saudosos aposentados. O texto é narrado por um subtenente, enlouquecido, a um médico psiquiatra de hospital de arrabalde, que, após a morte do militar, resolvera reunir o conteúdo dos envelopes amarfanhados que jaziam a um canto do consultório e revelá-los a público, em livro. Não sem motivo: para que o subtenente o deixasse em paz e para se livrar da visão diária de sua silhueta impressa num dos vagões do trem que o atropelara. Enfim, é uma obra hilária, mas de humor inteligente, embora muitos trechos emocionem, além de belas passagens serem marcadas pelo nonsense. Uma excelente leitura, divertidíssima.