Sinopse
Escrevi cada capítulo, na ordem correta dos quilômetros percorridos, narrando a minha vida através do tempo, com as sensações livres das amarras da consciência. O maior desafio foi tentar atrair o leitor que não pratica o esporte. Ao concluir o livro, senti necessidade de escrever mais um capitulo, o epilogo, onde percebo que um ciclo se completa.
Na parede lateral havia uma cristaleira de madeira escura, repleta de belas taças de cristal que só eram usadas no dia de Natal. As mesmas que herdei e por anos guardei em armários de compensado, a espera de uma ocasião especial. Agora a avó sou eu. Resolvi colocá-las em uso e brindar a vida diariamente, com uma pequena taça de vinho. Talvez a próxima geração não herde o jogo completo, mas certamente farão bom uso do que restar.
Ao mesmo tempo em que me sinto mera principiante:
Admiro as montanhas, e sei que chegará o tempo delas na minha vida. Por enquanto resisto aos seus desafios.
Prefiro a sensação de pisar no chão, dominando o ritmo das passadas, fluidas e constantes. Não pensar, não refletir, não racionalizar. Soltar os pensamentos ao vento, e respirar livremente.