Inteligência Espiritual

Já sabemos que a inteligência tem aspectos cognitivos (QI), que são percebidos pelo desenvolvimento do raciocínio e da percepção da realidade e sua interação com ela. Conhecemos, mais recentemente, a inteligência emocional (QE), que se mostrou ser mais ampla e mais disponível para adentrar o território em que a QI encontrava limites. O QE trouxe luz para os traços do inconsciente humano e sua interação instantânea com a consciência, explicando aspectos que até então eram obscuros.

Por que certos indivíduos com bom QI sob certas circunstâncias de pressão emocional se “travam”? Por que algumas pessoas tornam-se infantis diante de certas circunstâncias, demonstrando atitudes completamente ilógicas? As respostas a essas perguntas estão no território do QE. Mais recentemente, os cientistas perguntam o que poderia estar por trás dos limites do QE. Por que alguns aparentes privilegiados conseguem lidar com as forças emocionais e outros não?

Essas ações e reações aparentemente “rebeldes”, que muitas vezes nos dominam de forma inexplicável, podem ser contidas? Como? O que faz o ser humano muitas vezes reagir de forma inesperada e inadequada perante certas situações?

A necessidade de reconhecer que existe algo subjacente às próprias QI e QE tem levado a Academia a perceber que no domínio da metafísica existe uma força espiritual, que aparentemente se torna a matriz central da vida. Além disso, sua interação com as demais formas de inteligência humana são dela dependentes.

Até recentemente, esse conceito soaria bastante absurdo e inapropriado, mas nos últimos anos, após as pesquisas científicas adentrarem os aspectos subjetivos da vida como pensamentos, consciência, inteligência, tem se reconhecido que essas forças, até então desconhecidas pela Ciência, existem.

Ademais, suas influências sobre o comportamento humano são bem maiores do que se podia imaginar. A sabedoria milenar nunca negou tais conhecimentos e tais domínios. Apenas a Ciência moderna, por estar baseada no método cientifico de observação, as refugou para o plano da espiritualidade ou religiosidade, território até então proibido pela Ciência.

Como se poderia submeter o pensamento ou a consciência a fatores de observações, ou a hipóteses? Até então, a Ciência trabalhava com aspectos observacionais e mensuráveis. Mas a realidade e a necessidade de penetração nesses domínios sagrados guiou a investigação científica a prosseguir nessa busca.

Claro que a inteligência espiritual avança a passos curtos conceitualmente, tanto por ser uma área nova de compreensão, como por ser de difícil percepção por seu aspecto fora do domínio da matéria; o QE ainda ganha contornos em seus conceitos e definições.

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