Às Portas Da Revolução: Escritos De Lenin De 1917

  • Autor: Vladimir Lenin
  • Editora: Boitempo Editorial
Experimenta 7 dias Grátis Promoção válida para novos clientes. Após 7 dias será cobrado valor integral. Cancele quando quiser.

Sinopse

Vladimir Ilianov Lenin, numa hora dessas? Lenin, quando a revolução - dizem - é coisa do passado? Lenin, quando o socialismo - dizem - acabou?
Slavoj Žižek nos surpreende uma vez mais, rompendo a "solidão de Lenin", que havia sido responsabilizado por tudo o que passou depois na URSS, desqualificado como líder e teórico do totalitarismo, reduzido à solidão. Prematuramente, segundo o pensador esloveno.
Žižek se contrapõe ao consenso liberal - tão presente dentro da própria esquerda -, para resgatar o Lenin estrategista, que vai desde a oposição pacifista à guerra interimperialista de 1914 até o dirigente da virada revolucionária de 1917 - 'o Lênin do qual ainda temos que aprender', escreve ele.
Aprender com o dirigente revolucionário que soube resistir ao consenso belicista que se havia imposto até à esquerda, que foi capaz de prever como as situações catastróficas preparam as condições de uma contra-ofensiva revolucionária e conseguiu promover as condições para que o desenvolvimento desigual e combinado do capitalismo fosse rompido no seu elo mais fraco - a Rússia. Que soube, conforme a percepção de Marx, descobrir o aspecto revolucionário na miséria do povo.
Žižek retoma o fio da meada da aventura revolucionária dos bolcheviques, sob a direção de Lenin, com textos daquele período 'em que o extraordinário se torna cotidiano', e com reflexões que adentram nas várias dimensões do processo revolucionário. Quando existe a tentação de descartar a luta pelo poder e a construção do poder popular alternativo, como se magicamente se pudesse abolir o poder - e, com ele, o imperialismo -, o Lenin estrategista reaparece nesta seleção de textos com toda a sua genialidade.
Ler Žižek e reler Lenin em um tempo como este surpreende pela riqueza a que uma leitura contemporânea pode nos permitir, para captar como os movimentos históricos podem ser revertidos e como a história é uma permanente aventura de liberdade e de utopias para a humanidade.