O FEMININO RESGATADO

O feminino resgatado: Da Antiguidade ao séc. XXI.
Numa época em que a mulher tem arduamente lutado para conquistar seu lugar no mundo esquecemos que já ocupou um lugar de destaque em algumas civilizações da Antiguidade.
Era divinizada, tinha funções religiosas e sacerdotais, além de um papel político e social ao lado do homem.
É de se perguntar como perdeu essa relevância que hoje luta para conquistar. Na verdade, e pouca gente sabe disso, trata-se de uma reconquista e, ainda assim muito incompleta, pois está longe de recuperar seu papel religioso e sagrado.
E mesmo seu erotismo e encantamento não são ainda reconhecidos como atributos elevados, ao contrário, são vistos com maus olhos por muitos ainda.
No plano profissional e pessoal ainda sofre com as enormes dificuldades em conciliar seu papel de mãe e mulher. Esta longe o tempo onde a divindade da sabedoria era uma deusa, sem que isto significasse ser mais inteligente que os homens, mas sim, de que a sabedoria e a inteligência eram seus atributos, ao lado de outros. Todos sabemos o quanto a inteligência feminina foi por séculos menosprezada.
Estes seminários têm por objetivo resgatar esse lugar do feminino da Antiguidade para nossos dias, não por saudosismo, mas porque lá encontramos as formas mais elevadas de civilidade e consideração que a mulher já obteve.
Além disso, é preciso ter a humildade em reconhecer que toda a nossa tecnologia não foi capaz de restituir à mulher seu devido reconhecimento e papel – coisa que ocorria na Grécia arcaica e Egito.
É que se valiam de uma “tecnologia” que o séc. XXI esqueceu: a formação e a educação do ser humano baseada na honra e dignidade, não importando a cor, raça, credo ou sexo.
Temos, portanto, muito a aprender com estas civilizações e resgatar para os nossos dias a dignidade e o lugar da mulher na modernidade.