Laene-se

  • Autor: Laene Ribeiro
  • Editora: Chiado Brasil
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Sinopse

A poesia de Laene Ribeiro, embora popular, foge do padrão comum adotado aos limites da literatura brasileira. Com uma particularidade poética, que vai além do que se pode compreender na primeira leitura, é uma escrita que exige do leitor um abandono do mundo em volta, para penetrar no imaginário geográfico contido em sua poesia. Não bastasse ser uma produção independente, desafiadora e instigante, que requer certo raciocínio entranhado a uma cautela de ampla reflexão, há sobre sua obra uma característica forte da sua própria sensibilidade, com seus traços genuínos bastante enraizados naquilo que se vive cotidianamente, seja no amor, na vida e na própria arte. Em seu estro, ela exerce com força sua opinião formada sobre tudo que acredita e sente, sem que haja a necessidade de persuadir o leitor, senão dar a "ele" a própria liberdade de se ter uma própria interpretação. Apaixonada assídua pelos avessos, e amante de tudo que se faz íntimo a arte, deixa claro na tradução dos seus versos tudo aquilo que defende como a verdadeira essência de ser humana. Dando ao leitor o privilégio de ser o próprio poeta, escreve como quem peca e marca, de forma concreta, tudo que se faz abstrato, desde o pensar até o existir da poesia. Num exercício literário que desafia a complexidade, ela não mostra o caminho de chegada até o sentido da sua poesia, mas ensina como se deliciar com o seu trajeto, deixando seu leitor totalmente livre para mergulhar em sua arte. Sobre um jogo de tudo ou nada, sem meio termo e linha tênue, completo de verdades nuas e expostas ao alheio, ela se arrisca a escrever exaltando a beleza das contradições e quebrando as regras literárias para mostrar a sua própria cara. Quando desafiada a escrever em padrão, ela defende a ideia de que suas palavras têm vida, e respiram, logo, não atendem a nenhuma regra, mesmo que seja imposta por ela. "A poesia é feita para ser livre e eu dou a ela a liberdade de ser". "Laene-se! Amor, Vida e Arte" é o amor conjugado em verbo, feito esta coisa de ser flor no sertão, que nasce sem depender de primavera e sobrevive mesmo que não haja inverno.
"Que o amor seja resposta para todas as perguntas"