A cultura da violência entre traços e tramas

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Sinopse

Esta obra tem como objetivo investigar os sintomas de violência no interior do Brasil oitocentista por meio da vida e obra do pintor José Ferraz de Almeida Jr. (1850-1899). Para tanto, constatadas tanto sua produção quanto as (re) interpretações contemporâneas de seu universo pictórico, bem como as circunstâncias de sua morte narradas no processo crime que apurou o fato, considerar-se-á a hipótese de violência como traço cultural do séc. XIX a partir da chave de leitura apontada por Jorge Coli (2005) e suas premissas sobre o pensamento do artista (2010) na inter-relação entre a obra e a vida do pintor. Serão examinados, igualmente, a retórica e argumentação constantes do processo-crime, mecanismos que tornam o texto jurídico uma prática social discursiva, considerando a escrita jurídica também em sua experiência cultural, lançando novas luzes sobre a análise dessas narrativas, especialmente a partir das reflexões advindas do culturalismo jurídico e seus desdobramentos teóricos. Os indícios de violência na obra de Almeida Jr. são associados à violência em torno de seu cotidiano e às sensibilidades jurídico-culturais que motivaram o artista e suas circunstâncias.