História De Itabaiana/se: Memórias

  • Autor: de Cristo Escriba
  • Editora: Bibliomundi
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Sinopse

Eu amo Itabaiana, a cidade onde eu nasci e vivi até os 11 anos. Passei por várias cidades na trajetória da minha vida. Não vou dizer que Itabaiana é isso ou aquilo melhor do que outras cidades. Lá não tem praia, não chove com regularidade, tem temperaturas altas boa parte do ano. Mas os homens são como árvores e nós acabamos criando raízes. Este é o meu caso. Nenhuma cidade que eu vivi ao longo destes 51 anos pode destronar Itabaiana do meu coração. Nestes longos anos, poucas vezes retornei a Itabaiana, mas quando a vejo de longe, meu coração palpita. Com a internet eu mato esta saudade vendo fotos, notícias e até eventualmente ouvindo programação de radio local. Tenho muitas razões para me orgulhar de Itabaiana: Pelo seu comércio pujante, pelos seus caminhoneiros, pela sua feira, lá estão os ossos do meu pai e dos meus avós paterno. Tenho ainda um irmão por parte de pai que mora ai, Claudio, que trabalhou boa parte da sua vida em uma contabilidade do seu padrinho. Meu tio Paulinho que trabalhava em Frei Paulo, chamado vulgarmente de “Paulinho da Ambulância”, viveu fazendo este percurso Frei Paulo a Itabaiana dirigindo ambulância. Meu pai morreu em Itabaiana em um acidente de carro, e meu primo Anderson, filho de Paulinho, morreu também em um acidente trágico com uma ambulância com varias pessoas que estavam na ambulância e também morreram ao chocarem com um caminhão com um trator em cima, quando meu primo conduzia em direção a Itabaiana. Falta espaço para eu falar das memórias afetivas que tenho com Itabaiana. Mas a um estigma mesmo em Itabaiana que é uma terra de viúvas, porque muitos itabaianenses morrem em acidentes de transito, uma vez que Itabaiana tem a maior frota de caminhão per capita no Brasil. Com tantos itabaianenses nas rodovias do Brasil, não é de se estranhar que muitos voltam a terra amada dentro de um caixão. Orgulho de ser Itabaianense.