Sinopse
Com estes contos-utensílios, Carrascoza inicia uma nova aventura pelas veredas do conto, depois de se consagrar como autor de narrativas breves de dimensão canônica (que reluzem na escrita solitária ou acompanhadas por fotografias), histórias curtas, mini-contos e até relatos de uma linha só. Agora, oferece ao leitor contos nos quais as palavras compostas, para além da hifenização, atuam como forças motrizes das tramas e desafiam as divisas do gênero. O engenho metafísico de alguns enredos se soma à conhecida ficção comovente do autor – lá estão os pais, os filhos, os avós, os amores perdidos, os seres humanos, enfim, arremessados com seus sonhos na sólida realidade –, sublinhando um novo traço estilístico em sua obra. Utensílios-para-a-dor nos mostra, assim, o quanto o conto, aberto a experimentações, é fecundo e fascinante quando encontra, como nas páginas desta obra, alta voltagem literária. Livro-surpreendente de um dos mais-líricos escritores-brasileiros-contemporâneos.