Sexta Básica - Natuza Nery

Natuza Nery aponta que o episódio contra o ministro do STF tem três pontos importantes: a verdade sobre a história, a eventual punição dos agressores e a não vitimização dos extremistas. Ela destaca que as imagens sobre o caso precisam ser reveladas. A pessoas e autoridades próximas, Alexandre de Moraes teria relatado sua tristeza por ter seu filho atingido pela violência que envolve o seu cargo.

Natuza Nery conta suas apurações sobre a pressão do Centrão pela reforma ministerial no governo. O Ministério do Esporte, de Ana Moser, é um dos alvos do bloco político, o que é reconhecido pela própria ministra. 'Lula vai resistir e tentar oferecer outras possibilidades', informa a comentarista. No entanto, Natuza pondera que o presidente precisa de apoio no Congresso: 'Alguma equação ele vai fazer'.

Natuza Nery fala sobre o que esperar da sessão dessa terça-feira do julgamento do TSE e avalia que as chances da leitura do voto do relator, ministro Benedito Gonçalves, ser concluída ainda hoje é baixa. Isso porque o voto tem 400 páginas. A comentarista explica que a previsão era de encerramento do julgamento em três sessões. Mas existe a possibilidade de uma sessão extra.

Natuza Nery analisa a aprovação da convocação de nomes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro para prestarem depoimento na CPI dos Ataques Golpistas. De acordo com ela, foi uma 'demonstração de força por parte do governo', que não podia partir para uma ofensiva contra bolsonaristas na comissão.

Natuza Nery comenta os bastidores do 'cabo de guerra' entre governo e Câmara dos Deputados. Enquanto o Executivo quer entregar o Ministério do Turismo a um outro nome do União Brasil, que possa representar o partido como um todo, o Centrão almeja pastas com 'maior charme'. A jornalista explica que a ambição dos parlamentares está voltada para os ministérios da Saúde, da Casa Civil ou das Relações Institucionais. A comentarista também analisa as pressões que têm levado o presidente Lula a se negar ser 'colocado contra a parede'.

Após a reunião da cúpula da América do Sul, no Itamaraty, Lula voltou a defender o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Ele reafirmou que a ditadura no país vizinho é uma "narrativa" e fez comparações sobre o que seriam regimes de direita e esquerda. 'Ele teve chance de modular, mas, não. O presidente, de fato, passou pano para Maduro', criticou Natuza Nery.

A informação é de Natuza Nery, que ainda traz outros bastidores do que o ex-presidente falou no depoimento sobre o caso da falsificação na carteira de vacinação. De acordo com ela, foi uma declaração longa, e ele aparentava uma cara de tenso e contrariado. Além disso, chegou a se queixar do longo tempo de depoimento.

A Senacon notificou o Telegram por mensagens enviadas pela plataforma aos usuários contra o projeto. No texto, a empresa afirmou que o Brasil está prestes a aprovar uma lei que vai acabar com a liberdade de expressão. Na semana passada, o PL chegou a ser incluído na pauta da Câmara, mas depois foi retirado por falta de consenso. O Google também havia publicado um texto contrário à proposta. 'Resultado disso pode ser pior do que as empresas esperam', pontua Natuza Nery. Ouça o comentário.

Natuza Nery avalia que o texto trata de uma discussão maior, de toda a sociedade. E destaca que não fazer nada, para muito além do jogo político clássico, é um preço alto que a sociedade paga. Na avaliação da comentarista, se não houver consenso na Câmara para viabilizar um projeto que faça sentido, o STF vai entrar para resolver.

Natuza Nery aponta que o ex-presidente precisa responder a 'duas grandes perguntas': por que esses presentes foram dados? E por que foram recebidos nessas circunstâncias, na "surdina"?'. Natuza compara o valor das joias com o patrimônio declarado de Bolsonaro em 2023, de R$ 2,3 milhões. 'Precisaria viver sete vidas dessa que ele viveu como parlamentar e militar para construir essas três caixas que ganhou', brincou.

Por videoconferência em um telão, direto de Orlando (EUA), o ex-presidente, enigmaticamente, afirmou: 'Que nada suba à cabeça de nenhum de nós'. Para Natuza Nery, a fala foi um recado à ex-primeira-dama. Natuza contextualiza que Bolsonaro está incomodado com a estratégia do PL e da própria Michelle de se afastar do caso das joias. 'A família está entendendo ali um movimento para se cacifá-la politicamente', apontou.

Natuza Nery conta os bastidores da bronca do presidente em ministros com 'ideias mirabolantes' e que não passam pela Casa Civil. O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, anunciou passagens aéreas a 200 reais. Logo em seguida, as companhias ligaram para o Planalto para questionar o subsídio, fato que deixou Lula um pouco bravo. A jornalista também analisa as 'ansiedades' dentro do governo que fazem com que os ministros queiram seu lugar ao sol.

Natuza Nery reflete sobre os resultados da reoneração dos combustíveis, que apenas se tornou necessária porque Bolsonaro 'fez um libera-geral das contas públicas para tentar reeleição'. 'O benefício do passado é o prejuízo coletivo do futuro', comenta. 'Podemos ter uma recessão contratada; já espera-se segundo semestre muito complicado.' Ela destaca que, caso a desoneração fosse mantida, os juros poderiam aumentar ainda mais.

Após duras críticas de integrantes do atual governo e do PT ao Banco Central e à política de juros, o presidente do órgão concedeu entrevista ao programa Roda Viva nesta segunda-feira. Natuza Nery analisa as declarações e o tom adotado por Roberto Campos Neto. 'Não sei se esta bandeira branca é de verdade, ou apenas uma uma sinalização para ficar no mesmo lugar', afirma.

No Conversa de Política, Natuza Nery comenta a repercussão dos atritos entre o presidente da República e o Banco Central no setor da Indústria. Segundo ela, os executivos discordam da forma das críticas de Lula, mas concordam com o conteúdo, visto que as empresas perdem capacidade de investimento com juros altos.

Ex-presidente do Senado, atual da CCJ e muito poderoso na Casa, Davi Alcolumbre desperta insatisfação dos colegas parlamentares. Fato sintomático foi a anexação da sala de Simone Tebet a dele, ocupando o espaço de quatro gabinetes. Em "nome da democracia", há uma operação forte do Palácio do Planalto para eleger Pacheco. Do outro lado, Rogério Marinho é tratado como o nome do bolsonarismo.

No Conversa de Política, Natuza Nery comenta a relação de pouca confiança entre Lula e as Forças Armadas diante de tudo que ocorreu no período Bolsonaro. 'A questão militar ainda precisa ser resolvida pelo governo Lula', conta. 'Há quem defenda postura energética, há quem pense que isso possa fortalecer bolsonarismo. É andar sobre um gelo muito fino.'

Natuza Nery destaca que, no sábado à noite, uma equipe do governo foi ao Planalto e viu que alguns gabinetes estavam trancados. Foi preciso chamar o chaveiro para abrir as portas. No fim de semana, foi feita uma varredura para ver se não tinha grampo ou escuta no local. Comentarista avalia que essa não foi uma transição como vimos em outras ocasiões, pois há uma desconfiança muito grande. Então, se espera o pior sobre o 'antigo inquilino'.

Em primeiro discurso após ser anunciado como o próximo ministro da Fazenda, Fernando Haddad anunciou dois nomes de sua equipe econômica. Natuza Nery cita a serenidade das falas de Haddad, mas pondera a falta de diretrizes para o regime fiscal. No entanto, o petista afirmou que pretende apresentar um modelo que ande casado com a reforma tributária. 'Hoje eu vejo mais chance de engrenar um reforma do que via durante o ano', diz Natuza.

Com Alexandre de Moraes na plateia, o presidente participou da cerimônia de posse dos ministros do STJ. Natuza Nery interpreta a conduta de Bolsonaro como um recuo das ofensivas contra o Judiciário. Ela destaca que o mandato pode trazer complicações para ele na Justiça. 'Uma coisa é ser imprevisível com a blindagem do cargo de presidente, outra é você estar a algumas semanas de não ter blindagem alguma', apontou.